O diretor Luca Guadagnino (Me Chame pelo Seu Nome e Suspiria) entrega novamente um cinema vibrante e de qualidade envolto a uma atmosfera clichê de hollywood, o romance esportivo. O tema já teve milhares de filmes e ainda assim Rivais se destaca e apresenta certa profundidade na entrega. Guadagnino enfatiza seu "bromance" homoerótico com um psicológico triângulo amoroso central com sinais de defeito.
Os espectadores não precisam saber muito sobre tênis para apreciar as cenas esportivas muito bem filmadas e divertidas, grande parte do filme é ambientada na batida techno de Trent Reznor e Atticus Ross, o que aumenta a energia em acompanhar a partida decisiva. Ainda que os acontecimentos dramáticos tragam poucas surpresas, Rivais é bastante convincente, mas tal como os seus dois atraentes protagonistas masculinos, não consegue atingir o seu potencial por completo.
O cinema pop americano demonstra interesse em contar histórias com mais diversidade ainda rodeado de caretice, talvez até do seu próprio público alvo. Ainda bem que temos Luca Guadagnino para incomodar essa parcela do público que só queria uma comédia romântica para satisfazer sua zona de conforto e se depara com um thriller romântico fora da caixinha.